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Blog da Construção Inteligente

Equipamentos, estratégias e boas práticas que fazem sua obra render mais.

18 . outubro . 2017
Locação de Equipamentos

Sustentabilidade na Construção Civil

Você sabia que a construção civil é responsável por quase metade de todo o consumo de recursos naturais no mundo? Pois é! A sustentabilidade na construção civil deixou de ser tendência e se tornou uma necessidade urgente para empresas que desejam reduzir custos, evitar desperdícios e, principalmente, minimizar impactos ambientais.

Este artigo apresenta práticas eficazes para a gestão de resíduos de obra, reutilização de materiais, reciclagem, tratamento e descarte correto — tudo isso alinhado às exigências legais e ao compromisso com o meio ambiente.


A preocupação acerca do meio ambiente atinge todas as áreas da sociedade, e com razão. A construção civil figura como um dos maiores consumidores de matérias-primas naturais, o equivalente a 50% do consumo da sociedade.

Esse fato pode ser aceito como razoável, uma vez que construir é necessário, mas também deve ser analisado criticamente, visto que no Brasil uma pequena parte desse montante é reciclado ou reutilizado.

Existe diferença entre reciclar e reutilizar: reciclar é retornar o material ao ciclo novamente, tal qual fazer mais vidros de outros vidros quebrados; já reutilizar é aproveitar o material para outro uso, que pode ou não ser associado ao original – improvisar. O Brasil possui resoluções que regulam o trato dos resíduos, entre elas a já operante Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e as normativas da Comissão Nacional do Meio Ambiente (Conama). Uma das classificações criadas pela Conama diz respeito às classes dos resíduos sólidos, como ilustra a tabela abaixo.

Armazenagem

A preocupação com a sustentabilidade na construção civil tem impulsionado a busca por alternativas mais eficientes e amigáveis ao meio ambiente no que diz respeito à gestão de resíduos. Nesse sentido, é fundamental explorar diferentes opções para o reaproveitamento e a reutilização dos resíduos das classes A e B, visando reduzir o impacto ambiental e promover a economia circular.

Tesouras hidráulicas e conchas trituradoras: ferramentas para o reaproveitamento de resíduos classe A

No contexto da classe A de resíduos, que compreende materiais como concreto, argamassa e cerâmica, é possível adotar equipamentos específicos, como tesouras hidráulicas e conchas trituradoras, para a quebra e a trituração desses materiais in loco. Essa abordagem permite transformar os resíduos em material reaproveitável, evitando a necessidade de transporte para pontos de despejo distantes da obra.

É importante ressaltar, no entanto, que o produto resultante dessa reciclagem in loco deve ser utilizado com cautela, não sendo recomendado como componente estrutural. Para aplicações estruturais, é necessário recorrer a materiais com garantias de qualidade e conformidade com as normas técnicas vigentes. No entanto, é possível explorar outras possibilidades de utilização desses materiais reciclados em etapas não estruturais da construção civil, como em pavimentações e em camadas de base de vias.

Reutilização de materiais da classe B: uma opção viável e sustentável

A classe B de resíduos engloba materiais como madeira, plásticos não termoplásticos e outros que apresentam potencial para reutilização. Nesse sentido, é possível adotar diferentes estratégias para dar um destino mais sustentável a esses materiais.

A madeira, por exemplo, pode ser reaproveitada para alimentação de fornos, contribuindo para a geração de energia térmica em processos industriais. Além disso, a madeira pode ser utilizada na fabricação de móveis e outros objetos, promovendo a economia circular e reduzindo a demanda por novos recursos naturais.

No caso dos plásticos não termoplásticos, que não são facilmente recicláveis, é possível explorar a sua reutilização em processos de transformação, como a fabricação de componentes de mobiliário urbano, como bancos e lixeiras. Essa abordagem contribui para a redução do descarte de plásticos no meio ambiente e para a ampliação da vida útil desses materiais.

Quanto ao gesso, é fundamental evitar o seu descarte inadequado, uma vez que a sua decomposição pode resultar na liberação de íons que alteram a alcalinidade do solo e contaminam os lençóis freáticos. Nesse sentido, estão em curso diversas pesquisas que visam encontrar alternativas sustentáveis para o gesso, como a sua utilização em revestimentos, na produção de cimento, na fabricação de placas de cobertura e como combustível de fornos em indústrias cimenteiras. Essas iniciativas têm o potencial de reduzir significativamente a quantidade de resíduos de gesso destinados a aterros sanitários, contribuindo para a preservação do meio ambiente.

A importância de um plano de gerenciamento de resíduos

Para garantir a efetividade das práticas sustentáveis de gestão de resíduos na construção civil, é essencial que as empresas adotem um plano de gerenciamento de resíduos. Esse plano deve contemplar as etapas de não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final adequada.

Dentro desse plano, é importante conscientizar toda a equipe sobre a importância da segregação correta dos resíduos, garantir a destinação adequada dos materiais, buscar parcerias com cooperativas de catadores e empresas especializadas em reciclagem, e buscar constantemente novas tecnologias e práticas sustentáveis que possam ser aplicadas na gestão de resíduos.

Exemplos de tecnologias e normas que favorecem a sustentabilidade na gestão de resíduos

A sustentabilidade na construção civil também pode ser impulsionada por meio da utilização de tecnologias e normas específicas. Algumas delas são:

  • Utilização de sistemas de gestão ambiental, como a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que estabelece critérios para o desenvolvimento de edificações sustentáveis e incentiva práticas de gestão de resíduos.
  • Implementação de tecnologias de reciclagem de resíduos, como a reciclagem de entulhos de construção civil para a produção de agregados reciclados, que podem ser utilizados na fabricação de concretos e argamassas.
  • Adoção de sistemas construtivos mais sustentáveis, como o uso de estruturas metálicas pré-fabricadas, que reduzem a geração de resíduos na obra e facilitam o reaproveitamento de materiais.
  • Uso de materiais de construção sustentáveis, como a utilização de madeira certificada, produtos reciclados e de baixa emissão de CO2.
  • Implantação de programas de coleta seletiva nas obras, visando a separação adequada dos resíduos e o encaminhamento para reciclagem ou destinação correta.

A incorporação dessas tecnologias e normas no setor da construção civil contribui para a redução do impacto ambiental e para o desenvolvimento de uma indústria mais sustentável, que prioriza a preservação dos recursos naturais e a qualidade de vida das comunidades envolvidas.

Resíduos C e D

A gestão adequada dos resíduos das classes C e D é um dos grandes desafios para a sustentabilidade na construção civil. Essas classes englobam materiais como resíduos de construção e demolição, resíduos industriais não perigosos, restos de poda e capina, entre outros. Diferentemente das classes A e B, a resolução da Conama não traz exemplos específicos de resíduos dessa categoria, apenas orienta que devem ser separados dos demais e encaminhados para Áreas de Transbordo e Triagem (ATT).

No entanto, mesmo diante dessa falta de direcionamento específico, é possível adotar práticas sustentáveis na gestão desses resíduos, buscando reduzir o impacto ambiental e promover a economia circular.

Atenção ao armazenamento e descarte adequado de tintas, solventes e óleos

Um dos materiais presentes na classe C são as tintas, solventes e óleos utilizados na construção civil. Esses materiais exigem cuidados especiais no armazenamento e no descarte, a fim de evitar a contaminação do solo e dos corpos d’água. A Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas) disponibiliza manuais e cartilhas com orientações sobre o correto descarte de embalagens vazias de tintas e a adequada limpeza desses materiais.

É fundamental que as empresas e profissionais da construção civil estejam conscientes da importância de seguir as boas práticas de armazenamento e descarte desses materiais, buscando parcerias com empresas especializadas na gestão de resíduos perigosos, que possam fazer a correta destinação desses produtos químicos.

A importância de um plano de gerenciamento de resíduos

Diante dos desafios apresentados pelas classes C e D de resíduos, é essencial que as empresas da construção civil adotem um plano de gerenciamento de resíduos. Esse plano deve seguir uma ordem de prioridade bem difundida quando se fala em sustentabilidade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final adequada.

Dessa forma, é possível adotar algumas práticas e tecnologias que contribuem para a gestão sustentável desses resíduos. A seguir, serão apresentadas algumas dicas e exemplos para cada etapa do plano de gerenciamento de resíduos, visando minimizar o impacto ambiental e promover a sustentabilidade na construção civil.

Não geração e redução de resíduos

A etapa de não geração de resíduos consiste em adotar medidas para evitar a sua produção. Isso pode ser feito por meio de um projeto bem planejado, que leve em consideração a quantidade e a escolha dos materiais utilizados, evitando desperdícios e sobras desnecessárias.

Já a redução de resíduos envolve a adoção de práticas que visam minimizar a geração de resíduos durante as etapas de construção e demolição. Isso pode incluir a seleção de fornecedores que utilizam embalagens sustentáveis, a implementação de processos de reutilização de materiais e a otimização do uso de recursos naturais, como água e energia.

Reutilização e reciclagem de resíduos

A reutilização de resíduos consiste em dar um novo uso aos materiais descartados, evitando a sua destinação para aterros sanitários. Um exemplo de reutilização é a utilização de restos de madeira para a produção de móveis ou estruturas secundárias. Além disso, é possível buscar parcerias com cooperativas de catadores e empresas que possam utilizar os resíduos como matéria-prima em seus processos produtivos.

Já a reciclagem de resíduos busca transformar os materiais descartados em novos produtos. No caso dos resíduos da classe C e D, é importante identificar empresas ou cooperativas que realizem a reciclagem desses materiais, como o reaproveitamento de resíduos de construção e demolição para a produção de agregados reciclados, que podem ser utilizados na fabricação de concretos e argamassas.

Tratamento dos resíduos sólidos e disposição final adequada

Caso não seja viável a reutilização ou a reciclagem dos resíduos das classes C e D, é necessário buscar alternativas de tratamento adequado desses materiais. Isso pode envolver processos como a compostagem de resíduos orgânicos, a descontaminação de resíduos químicos ou a incineração controlada de resíduos sólidos.

Em relação à disposição final, é fundamental que os resíduos que não podem ser reaproveitados, reciclados ou tratados sejam destinados corretamente. Para isso, é importante contar com serviços de coleta seletiva e parcerias com empresas especializadas na destinação adequada de resíduos.

Promovendo a sustentabilidade na construção civil

Ao adotar um plano de gerenciamento de resíduos que englobe as etapas de não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final adequada, as empresas da construção civil estarão contribuindo para a promoção da sustentabilidade ambiental e para o cumprimento das legislações vigentes.

Além disso, é importante investir em capacitação e conscientização da equipe, promovendo a importância da gestão adequada dos resíduos e incentivando a adoção de práticas sustentáveis em todas as etapas da obra. Com o compromisso de todos os envolvidos, é possível alcançar resultados positivos não apenas do ponto de vista ambiental, mas também econômico e social.

Conclusão

A construção civil desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das sociedades, mas também é responsável por um grande impacto ambiental devido ao consumo de matérias-primas naturais e à geração de resíduos. No entanto, a preocupação com a sustentabilidade tem impulsionado o setor a adotar práticas mais responsáveis e eficientes, visando reduzir esse impacto e promover a preservação do meio ambiente.

Ao longo deste artigo, exploramos diversas estratégias, exemplos e tecnologias que podem ser aplicadas na gestão de resíduos da construção civil, de forma a torná-la mais sustentável. Iniciando com a análise dos resíduos das classes A e B, destacamos a importância do reaproveitamento e reutilização desses materiais. O uso de tesouras hidráulicas e conchas trituradoras permite a reciclagem in loco de materiais como concreto, argamassa e cerâmica, tornando-os reaproveitáveis em outras aplicações. Além disso, ressaltamos a possibilidade de reutilização da madeira e de outros materiais da classe B, evitando o desperdício e promovendo a economia circular.

No caso dos resíduos das classes C e D, identificamos a necessidade de um plano de gerenciamento de resíduos que aborde a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem, o tratamento adequado e a disposição final correta desses materiais. A atenção ao armazenamento e ao descarte adequado de tintas, solventes e óleos é fundamental, visando evitar a contaminação do meio ambiente. Além disso, destacamos a importância de parcerias com empresas especializadas na gestão de resíduos perigosos para garantir a destinação correta desses materiais.

Durante todo o processo de gestão de resíduos, é essencial que as empresas da construção civil estejam conscientizadas sobre a importância da sustentabilidade e engajem toda a equipe nesse propósito. A adoção de tecnologias e normas específicas, como sistemas de gestão ambiental e tecnologias de reciclagem, também contribui para promover a sustentabilidade na construção civil.

É importante ressaltar que a busca pela sustentabilidade na construção civil não se restringe apenas à gestão de resíduos. Outros aspectos, como eficiência energética, uso de materiais sustentáveis, redução do consumo de água e promoção da acessibilidade também devem ser considerados. A adoção de práticas sustentáveis em todas as etapas da obra, desde o projeto até a execução, contribui para a redução do impacto ambiental e para a criação de um ambiente construído mais saudável e sustentável.

Em conclusão, a sustentabilidade na construção civil é um desafio que requer a adoção de medidas efetivas e o engajamento de todos os atores envolvidos. Ao seguir as práticas e estratégias apresentadas neste artigo, as empresas da construção civil podem não apenas reduzir o impacto ambiental, mas também obter benefícios econômicos e sociais. A sustentabilidade na construção civil não é apenas uma responsabilidade, mas também uma oportunidade de criar um futuro mais sustentável para as próximas gerações.

Se você está se perguntando como tornar sua obra mais sustentável, saiba que pequenas mudanças geram grandes resultados. Aplicar o plano de gerenciamento de resíduos, reutilizar materiais e investir em tecnologias ecológicas são atitudes que fazem a diferença — tanto no meio ambiente quanto no seu orçamento.

Além de atender às legislações ambientais, empresas que adotam práticas sustentáveis ganham destaque competitivo, reduzem desperdícios e constroem uma imagem positiva no mercado.

Quer começar a aplicar a sustentabilidade na sua construção hoje mesmo? Continue acompanhando o blog da BRASLOC para mais dicas e estratégias que vão transformar a forma como você constrói.

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Perguntas Frequentes

O que é sustentabilidade na construção civil?

É o conjunto de práticas que visam reduzir o impacto ambiental das obras, como a reutilização de materiais, a reciclagem de resíduos e a economia de recursos naturais.

Como posso aplicar a sustentabilidade na minha obra?

Você pode começar planejando a redução de resíduos, utilizando materiais recicláveis, contratando fornecedores com selo verde e adotando tecnologias sustentáveis como estruturas pré-fabricadas.

Quais são as classes de resíduos da construção civil?

As classes vão de A a D: A (entulhos recicláveis), B (materiais reutilizáveis como madeira e plásticos), C (resíduos sem tecnologia de reciclagem viável) e D (resíduos perigosos como tintas e solventes).

É possível economizar com práticas sustentáveis em obras?

Sim. A reutilização de materiais, o uso racional de recursos e o planejamento adequado ajudam a reduzir custos com descarte, transporte e compra de novos insumos.

Como descartar corretamente tintas, solventes e óleos?

Esses resíduos devem ser armazenados em recipientes adequados e entregues a empresas especializadas na coleta e tratamento de resíduos perigosos, evitando a contaminação ambiental.